26.6.10

Moda Vintage


O conceito Vintage está super em alta mas tem muita gente achando que qualquer roupa velha é uma peça vintage. Não é não.
Originalmente associado à produção de vinhos o termo vintage se refere à safra da uva. Na moda são consideradas vintage peças originais que marcaram época, seja pelo design ou por revolucionar costumes.
Pesquisadores rodam o mundo vasculhando guarda-roupas e porões de particulares, brechós e até mesmo em buscas quase arqueológicas em minas desativadas e celeiros de fazendas antigas.
Essas peças encontradas, muitas vezes em estado de decomposição, são recuperadas e servem de inspiração aos novos estilistas e reproduzidos por confecções especializadas em moda vintage.
A peça matriz acaba, claro, em mãos de colecionadores. O jeans mais caro do mundo, para se ter uma idéia, custou ao seu atual proprietário a bagatela de U$ 36.099,00.
Trata-se de uma Levi's 201, produzida na década de 1890 e encontrada no interior de uma mina de carvão no deserto de Monjave, na Califórnia.
A onda vintage no jeans começou no Japão, com consumidores disputando avidamente as peças em leilões.
Algumas empresas do setor como a Sugar Cane Co. passaram a investir pesado para recriar o jeans original, usando teares antigos e os mesmos processos de lavagem e tingimento dos primórdios do jeans.
Alguns modelos passam ainda por um processo de envelhecimento que busca reproduzir de forma acelerada o desgaste que a peça teria em décadas de uso.
A tendência vintage inspira também a moda produzida em grande escala. Camisetas com cores super desbotadas, jeans ralado e com aspecto sujo e amassado, malhas desgastadas (que já vem com aquelas bolinhas)... tudo isso chega ao consumidor de grifes importantes ou ao consumidor de grandes magazines, que absorve imediatamente a novidade e nem sabem por que estão pagando, às vezes muito caro, por uma roupa que tem cara de roupa muito usada.

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